Em 1948 George Orwell escreveu o livro “1984”. É basicamente uma história fictícia duma sociedade que é constantemente observada por um “Grande Irmão”. Daí que surge a frase “Big Brother is watching you”.
E foi daí também que surgiu, na cabeça de John de Mol, em 1999, a idéia de produzir um Reality Show aos moldes da sociedade imaginada por George Orwell.
Algumas pessoas ficam presas, ou confinadas, numa confortável casa, privadas, até onde se sabe, de um contato com o mundo exterior.
Essa é a graça. O teste dos limites humanos numa situação de confinamento. Cria-se um zoológico humano.
Até este ponto está tudo certo. Uma idéia original que rendeu um bom dinheiro à Mol. O problema é que a idéia já cansou.
O Big Brother se espalhou pelo mundo de forma rápida e eficaz. E continua existindo em alguns lugares.
O Brasil é um deles. Aqui o Big Brother está na nona edição. Nona! Nossa! São oito anos. Oito! Eita!
O fato de durar tanto tempo não me impressionaria tanto se o programa tivesse conteúdo, acrescentasse algo. Mas não. Nada!
Ainda está no ar porque tem um incrível apelo comercial. Dá dinheiro.
A minha esperança é que ocorra um declínio no interesse sobre tal programa.
Nada contra quem participa do programa. E muito menos quem o produz, pois como futuro profissional da área incentivo qualquer idéia que gere mercado e emprego.
Mas tudo tem limite.
É simples. Com um interesse menor, a audiência será menor, o ibope cairá, os anunciantes retirarão seu dinheiro, e a Globo tirará o programa do ar. Pura questão comercial.
Com isso pensarão em alguma forma de readquirir o dinheiro dos anunciantes, aumentar o ibope e reconquistar a audiência. Um novo programa será pensado, novos profissionais contratados e um novo oxigênio respirado.
O meu medo é que apelem para os enlatados norte-americanos, pois eles funcionam.
Mas ainda a minha esperança não morreu, em compensação minha paciência...
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A única vantagem que vejo, em o Big Brother continuar a extistir no Brasil, é que as outras emissoras, tem que se esforçarem para conquistar o público que não quer mais assistir este reality.
ResponderExcluirVemos aí uma oportunidade de novos negócios e programas. Porém não adianta buscar o mesmo público do Big Brother, a concorrência deve tentar buscar o outro público. Aquele que ainda quer um bom programa.