quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Que isto esteja apenas começando

Alguns viram o documentário Ônibus 174. Muitos viram o filme Tropa de Elite. Ou seja, bastante gente conhece o trabalho de José Padilha.


E esse diretor e roteirista brasileiro não está fazendo sucesso apenas aqui.


Acabou de ser anunciado que ele será o novo diretor do thriller americano The Sigma Protocol. História baseada num livro de Robert Ludlum, o mesmo escritor que inspirou a seqüência Bourne.


Mas escrevo sobre isso porque é muito bom ver um profissional brasileiro ser reconhecido lá fora.


Fernando Meirelles, Walter Salles e José Padilha são vanguardistas. Será muito bom que isso se torne rotina, porque isso trará credibilidade não apenas ao próprio Fernando, ao Walter ou ao Padilha. Trará credibilidade para um gama de profissionais brasileiros que vêem novas oportunidades nascendo.


Um novo mercado. Novos intercâmbios de talentos. Brasileiros podem ir para lá. Americanos e europeus podem vir para cá.


Que isto esteja apenas começando.

Nollywood

Li uma reportagem na revista Trip sobre um fato que não conhecia e que é muito interessante.

A Nigéria, mais um dos países pobres do continente africano, tem a maior produção cinematográfica do mundo. É isso mesmo!

Nollywood supera Hollywood e Bollywood (cinema indiano).
Segundo a reportagem, ocorreu um pico de 2.000 produções só ano de 2005, contabilizando 40 produções por semana.

O intrigante nesta história é que o número de salas de cinema na Nigéria é pífio. E nestas poucas salas só são exibidos filmes americanos, os mesmos que passam aqui.

Então o consumo do cinema local é feito através dos dvd's. Muitos dvd's. Comércio legal e pirataria. Parecido com o Brasil.

Os roteiros do filme refletem a cultura local. Estórias irreais, bruxaria, feitiçaria, vudu e etc. Mas tudo sem sexo. A censura do governo proíbe qualquer tipo de cena sensual.

Mas essa censura não impede o imenso sucesso que o cinema nigeriano faz, não só na Nigéria, mas também em quase todo continente africano.

Moral da historia: basta querer!

Segue link da matéria:
http://revistatrip.uol.com.br/173/especial_diversidade/nollywood/03.htm

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

De novo?!

Em 1948 George Orwell escreveu o livro “1984”. É basicamente uma história fictícia duma sociedade que é constantemente observada por um “Grande Irmão”. Daí que surge a frase “Big Brother is watching you”.

E foi daí também que surgiu, na cabeça de John de Mol, em 1999, a idéia de produzir um Reality Show aos moldes da sociedade imaginada por George Orwell.

Algumas pessoas ficam presas, ou confinadas, numa confortável casa, privadas, até onde se sabe, de um contato com o mundo exterior.

Essa é a graça. O teste dos limites humanos numa situação de confinamento. Cria-se um zoológico humano.

Até este ponto está tudo certo. Uma idéia original que rendeu um bom dinheiro à Mol. O problema é que a idéia já cansou.

O Big Brother se espalhou pelo mundo de forma rápida e eficaz. E continua existindo em alguns lugares.

O Brasil é um deles. Aqui o Big Brother está na nona edição. Nona! Nossa! São oito anos. Oito! Eita!

O fato de durar tanto tempo não me impressionaria tanto se o programa tivesse conteúdo, acrescentasse algo. Mas não. Nada!

Ainda está no ar porque tem um incrível apelo comercial. Dá dinheiro.
A minha esperança é que ocorra um declínio no interesse sobre tal programa.
Nada contra quem participa do programa. E muito menos quem o produz, pois como futuro profissional da área incentivo qualquer idéia que gere mercado e emprego.

Mas tudo tem limite.

É simples. Com um interesse menor, a audiência será menor, o ibope cairá, os anunciantes retirarão seu dinheiro, e a Globo tirará o programa do ar. Pura questão comercial.

Com isso pensarão em alguma forma de readquirir o dinheiro dos anunciantes, aumentar o ibope e reconquistar a audiência. Um novo programa será pensado, novos profissionais contratados e um novo oxigênio respirado.

O meu medo é que apelem para os enlatados norte-americanos, pois eles funcionam.
Mas ainda a minha esperança não morreu, em compensação minha paciência...

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Barack Hussein Obama

O primeiro presidente americano negro da história.


O primeiro presidente americano com Hussein no nome.


O primeiro presidente americano sucessor do Bush filho. Acho que isso é o pior.


Uma conquista enorme numa sociedade preconceituosa um negro de sobrenome Hussein ser eleito.


Uma conquista maior ainda será se Barack não decepcionar uma nação que está em polvorosa, e um mundo que está muito ansioso por mudanças.


Ele pega um país arrasado por uma crise econômica gigantesca.


Ele pega um país ameaçado por um império chinês prestes a surgir.


E ele pega um país em duas guerras bestas que matam milhares de soldados.


Pior do que está não pode ficar.


Se Barack melhorar um pouco a atual situação, se transforma num mártir. Herói ele já é.